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sábado, 16 de janeiro de 2010

A PSICOSE DO MEDO

A  PSICOSE  DO  MEDO

Conta uma antiga lenda que enquanto cruzava o deserto, montada em um camelo, a cólera se encontrou fortuitamente com um solitário beduíno, que a interrogou:
– Para onde vais?
Com apatia e cinismo, a cólera respondeu:
– Vou a Bagdá para matar 10 mil pessoas.
Após alguns meses a cólera e o beduíno voltaram a se encontrar. Irritado, o beduíno repreendeu-a, dizendo:
– Você mentiu. Em Bagdá morreram não apenas 10, mas 25 mil.
Com surpreendente serenidade, ela respondeu:
– Não menti. Eu matei exatamente 10 mil pessoas. As demais morreram de medo.
Apesar de seu caráter fictício, a lenda ilustra de forma objetiva a ação homicida do medo.
Na revista Constellation, edição de janeiro de 1949, foi publicada uma dramática narrativa relacionada com a morte de um lavador de vagões de uma empresa ferroviária. Por descuido ou negligência o desventurado homem ficou preso dentro de um vagão frigorífico. Depois de uma curta viagem de aproximadamente 30 quilômetros, foi encontrado morto. Mas pouco antes de morrer escreveu o seguinte bilhete, no qual retratou sua terrível agonia: "O frio aumenta. Temo que ninguém virá em meu socorro. Estou me congelando lentamente e os meus membros estão adormecendo. Sinto que já não mais terei forças para escrever." Porém, o certo é que ele não morreu pela ação do frio, uma vez que o motor do refrigerador não estava funcionando.
O Dr. William S. Saddler afirma que o medo de certas enfermidades produz muitas vezes os sintomas físicos que caracterizam a doença. Ele descreve o caso de uma senhora que morreu de um câncer inexistente. Ela se imaginou terrivelmente enferma e pouco depois morreu, embora todos os exames de laboratório houvessem demonstrado que sua enfermidade era imaginária.
Há na literatura médica casos de pessoas que morreram de medo depois de serem mordidas por serpentes não venenosas. Por isso – observou um especialista – no tratamento de pessoas mordidas por cobras é importante saber se o ofídio era venenoso ou não, uma vez que inúmeros são os pacientes que morrem torturados pelo medo, após serem picados por serpentes inofensivas.
As doenças psicossomáticas são provocadas por emoções desordenadas, ansiedades, angústias e temores, e para estes males as drogas não exercem eficiente ação terapêutica.

O Mecanismo do Medo e as Fobias

Não poderíamos sobreviver se não existisse em cada um de nós o chamado "mecanismo do medo" que sempre nos põe em estado de alerta diante de um perigo iminente e real. Até mesmo os animais irracionais, embora imunes às emoções, conhecem esta manifestação do medo que, com razão, poderíamos definir como construtivo e normal, já que faz parte do nosso instinto de conservação.
O homem teme a escuridão e aprendeu a produzir o fogo, e descobriu os segredos da eletricidade. Teme as enfermidades, o sofrimento e a morte, e se sentiu motivado aos grandes descobrimentos no campo da medicina – os remédios, a cirurgia e a anestesia. E o medo da pobreza que, qual espora saudável, nos incita às lutas pela sobrevivência. Porém, o que a muitos surpreende, não é esta manifestação construtiva do medo, mas sim o temor excessivo, o medo neurótico que a psicologia moderna estuda no capítulo das fobias.
Mas o que é uma fobia? É o temor irracional, mórbido, persistente e sem justa causa. Para estabelecer uma distinção clara entre o medo normal e o temor patológico (a fobia) reproduzimos o seguinte exemplo objetivo dado por Freud:
"Se um habitante das selvas africanas vivesse temeroso de serpentes, esse medo seria normal, já que nesses lugares existem cobras. Porém, se alguém repentinamente começa a ter medo das serpentes que, segundo afirma, estão sob o tapete do seu apartamento, situado no centro da cidade, esse medo é neurótico e anormal, já que sabemos que ali não podem existir cobras."  Joshua Lot Liebman, Paz de Espírito, pág. 100.

Às fobias mencionadas por Stanley Hall, podemos acrescentar outras formas de temor neurótico. Há os que temem a velhice, a solidão, o fracasso, a insanidade, a obesidade, a rejeição, a morte, etc. Alguns temem os locais fechados, tais como os elevadores e os aviões (claustrofobia), outros os locais abertos (agorafobia).

O Temor Supersticioso

Há outras formas de medo que se originam em crendices populares e superstições mitológicas, vestígios do primitivo animismo.
A crédula fantasia popular afirma que
     deixar a tesoura aberta é sinal de morte;
     saltar da cama com o pé esquerdo: atrapalha o dia;
     permitir que o doente mude de cabeceira: não sara mais;
     passar por debaixo de uma escada: dá má sorte;
     olhar um enterro até que desapareça na esquina: vai ser enterrado também;
     entrar em casa nova com o pé esquerdo: traz desgraça;
     treze pessoas sentadas à mesa: uma delas vai morrer;
     derramar sal na mesa: faltará o pão;
     andar de costas: morrerão os pais;
     cortar o cabelo numa sexta-feira: a pessoa enlouquece;
     guardar espelho quebrado: atrai desgraça;
     estar deitado quando um enterro passa pela porta: em breve morrerá.
Como antídoto a esses temores, a imaginação popular criou um imenso arsenal de amuletos (a ferradura, o trevo-de-quatro-folhas, a pata de coelho, a figa, os patuás, etc.) com poderes mágicos para neutralizar os perniciosos eflúvios, evitar o "mau olhado", afastar desgraças, defender da perversidade alheia e proteger o corpo contra os inimigos.
São muitos os que confundem a fé com a superstição. Mas a diferença entre uma e outra é profunda e essencial. A fé gera a confiança, a superstição o temor. O homem de fé confia nas eternas providências de Deus; o supersticioso se aflige, torturado pelos eventuais fantasmas que procedem das regiões misteriosas para produzir o mal. O homem de fé desfruta a paz de espírito; o supersticioso busca nos talismãs e amuletos uma solução para suas angústias interiores.
Causa-nos surpresa, entretanto, que os próprios discípulos de Jesus, ainda não emancipados do espírito supersticioso, houvessem experimentado profundo temor, quando, no tempestuoso mar da Galiléia, em uma noite escura e tormentosa, descobriram um vulto desconhecido que caminhava sobre as águas. Vencidos pelo pânico, exclamaram: "É um fantasma." Foi quando ouviram a voz socorredora de Jesus, dizendo: "Tende bom ânimo! Sou Eu. Não temais!"  Mateus 24:7



O Medo da Morte

O medo de morrer é natural no homem, especialmente quando no verdor dos anos e cheio de energias e sonhos.
O homem de fé, entretanto, vive uma experiência diametralmente oposta. Não teme a morte, pois sabe que esta vida é apenas o vestibular para o glorioso amanhã. Não teme a tumba, pois tem a certeza de que não foi criado apenas para o tempo, mas para a eternidade.
Para o cristão a morte não constitui um melancólico crepúsculo. Com irradiante confiança ele acompanha o harpista de Israel em seu inspirado cântico: "Ainda que eu passasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque Tu estás comigo."  Salmo 23:4
Certa menina morava perto de um cemitério e tinha que atravessá-lo cada vez que ia ao supermercado. Apesar de às vezes ter que voltar para casa ao anoitecer, jamais revelou temor ao passar por ali. Um dia alguém lhe perguntou:
     Não tens medo de passar pelo cemitério?
     Oh, não – respondeu ela – porque minha casa fica justamente do outro lado.
O que crê em Cristo não teme passar pelo "'vale da sombra da morte", pois do outro lado da tumba está a ressurreição e o lar celestial, onde "a morte já não existirá, nem pranto, nem dor".  Apocalipse 21:4

O Medo e Suas Várias Máscaras

A conhecida escritora, Marjorie Lewis Lloyd, escreveu:

"O terror tem muitas e variadas máscaras. O temor da separação de Deus é básico. Intimamente relacionado a este temor está o medo da solidão, o medo do realidade, o medo do fracasso, o medo de ser desprezado, o medo de ser diferente, o medo dos próprias emoções, e um sem-número de outras fobias. ... Tememos perder a saúde, tememos a loucura e a morte. Temos medo de nossos amigos; tememos os nossos inimigos; e, com mais freqüência, tememos a nós mesmos."  Marjorie Lewis Lloyd, This Thing Called Fear, pág. 9.

Mas, para nós que vivemos nesta era de insegurança e apreensões, a Bíblia apresenta uma confortadora mensagem:

"Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te esforço, e te ajudo, e te sustento com a destra da minha justiça.''  Isaías 41:10

Sinal Profético Inequívoco

Deus ainda reina no Universo. Ele ainda controla todas as coisas. Ele opera em nosso favor. Centralizando nEle a nossa confiança, teremos paz de espírito, mesmo em face do medo que permeia o mundo.
Mas apesar do panorama angustioso que os nossos olhos contemplam, somos alentados com as palavras de Jesus, pronunciadas em Seu discurso profético:
"Ora, ao começarem estas coisas a suceder, exultai e erguei a vossa cabeça; porque a vossa redenção se aproxima."  Lucas 21:28
Este temor tão generalizado no mundo atual, nos recorda uma antiga predição de Jesus, ao descrever os sinais que precederiam a Sua vinda:
"Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas; sobre a terra, angústia entre as nações em perplexidade por causa do bramido do mar e das ondas;  haverá homens que desmaiarão de terror e pela expectativa das coisas que sobrevirão ao mundo."  Lucas 21:25


Pr. Elias José da Silva

"ONDE VOCÊ ESTARÁ NO DIA DE AMANHÃ?"


Pareceria que estamos nos dirigindo veloz e firmemente em direção a uma espantosa tragédia. Todos queremos deter o processo, mas não sabemos como. – Winston Churchill

A guerra da Coréia estava em andamento.
Marguerite Higgens, correspondente de guerra, descrevendo os lances do terrível conflito, ao relatar a participação da Quinta Companhia de Fuzileiros, que com os seus 18 mil homens se preparava para mais um violento combate, registrou:
"Fazia muito frio e o termômetro marcava muitos graus abaixo de zero, naquela manhã, quando os jornalistas se reuniram aos soldados, em descanso ao ar livre. Cansados, semi congelados, encostaram-se nos caminhões enlameados, comendo em latas. Um fuzileiro comia feijão frio com a faca e suas roupas estavam endurecidas como se fossem madeira. O rosto, coberto com uma barba espessa, estava cheio de lama. Um correspondente lhe perguntou: 'Se eu fosse Deus e lhe pudesse dar o que você quisesse, o que me pediria?' O homem se manteve imóvel por um instante, depois ergueu a cabeça e respondeu: 'Queria que me desse o dia de amanhã. "
As perplexidades do presente e as incertezas do futuro levam multidões angustiadas a repetir as palavras do soldado da Quinta Companhia de Fuzileiros: "Dá-nos o amanhã."
Quanto tempo resta ainda ao homem sobre a face da Terra?
Esta obsessão por descerrar a cortina, propicia condições favoráveis para o reflorescimento de antigas e discutíveis práticas de adivinhação e o ressurgimento de formas questionáveis de messianismo profético.
Em uma Enciclopédia da Adivinhação, publicada na França, estão alistadas em ordem alfabética, nada menos que 230 diferentes maneiras de ler o futuro, desde a adivinhação pela direção do vento (Anemoscopia), até o augúrio pelo mergulho de uma ave marítima (Aitomancia), passando pela predição do futuro através do estudo de uma mancha de tinta (Tintomancia) e a adivinhação pela forma das sombras (Ciomancia).

A Astrologia

Mas a prática mais popular no campo da adivinhação é hoje, sem dúvida, a astrologia.
A astrologia nasceu com os caldeus que, das torres de seus santuários, registravam num mapa o movimento dos planetas. Naqueles idos, os horóscopos (cartas que mostram as posições dos planetas no momento em que uma pessoa nasce) eram feitos apenas para o rei, e usados somente nas predições de altos assuntos de Estado.
Da Mesopotâmia, passou à Grécia e se popularizou. Estendeu-se depois pelo mundo inteiro, conquistando o império romano. Combatida vigorosamente pela igreja cristã nos primeiros séculos, a astrologia desapareceu quase completamente.
Floresceu mais tarde, no século XII, com o advento dos filósofos árabes, e alcançou o seu apogeu nos dias da Renascença, quando conquistou a simpatia dos príncipes e o beneplácito das casas reais.
Mas o seu fenomenal ressurgimento ocorreu realmente no crepúsculo do século passado, quando a Sra. Evangelina Adams, que vivia em Boston, Estado de Massachusetts, nos Estados Unidos, começou a estudar a relação entre o movimento dos astros, o caráter e o destino dos homens.
Guiada pelos astros – explicou a Sra. Adams – mudou-se para Nova Iorque. Hospedando-se na noite de sua chegada (16 de março de 1899), no Hotel Windsor, advertiu o proprietário, Sr. Warren F. Leland, que em virtude de uma terrível conjunção de astros, algo terrível ocorreria naquela noite. Com efeito, por coincidência, um violento incêndio destruiu o Hotel Windsor, perecendo no sinistro a filha do proprietário e alguns outros membros da família.
O Sr. Leland comunicou a um grupo de jornalistas a advertência dada pela Sra. Adams e sua fama se espalhou como rastilho de pólvora. Aproveitando a onda favorável, montou um consultório numa sala nobre situada sobre o Carnegie Hall, e teve entre seus clientes personagens célebres como o rei Eduardo VII, da Inglaterra, o cantor Enrico Caruso, e a conhecida atriz Mary Pickford. Como a astrologia era proibida no Estado de Nova Iorque, Evangelina Adams teve complicações com a justiça, sendo acusada de práticas não sancionadas pela lei. O magistrado que a julgou, entretanto, impressionado com algumas de suas informações, declarou que a Sra. Adams havia dado à astrologia um status científico, e, por isso mesmo, não devia ser proibida de exercê-la.
Em 1930, exatamente dois anos antes de sua morte, a Sra. Adams iniciou um programa radiofônico que alcançou resultados surpreendentes. Nos três primeiros meses, 150 mil pessoas lhe solicitaram horóscopos, e pouco depois recebia uma média de 4 mil cartas por dia. Como resultado da ação de diversas sociedades científicas, o programa foi suspenso. A semente, entretanto estava lançada.
Hoje estima-se que mais de 20 milhões de pessoas nos Estados Unidos orientam a vida em harmonia com os astros. Não incluímos neste número os milhões adicionais de simpatizantes que consultam diariamente os horóscopos, ou compram artigos decorados com os signos do Zodíaco. Esta atividade se tornou tão lucrativa, que dela vivem aproximadamente 10 mil astrólogos em regime de dedicação exclusiva e outros 175.000 que lhe consagram uma boa porcentagem do seu tempo.
Nos Estados Unidos, 1.200 dos 1.700 jornais diários incluem em suas páginas colunas sobre astrologia sob a responsabilidade de nomes famosos, como Jeanne Dixon e Carroll Righter.
De acordo com o Sunday Times, dois terços da população adulta da Inglaterra consultam regularmente os horóscopos e, deles, um quinto os aceitam com religiosa seriedade.
Um levantamento realizado na Alemanha Ocidental revelou que dez por cento da população se deixa influenciar pela adivinhação, não havendo nisso diferença entre doutos e indoutos.
Na França, uma próspera agência emite horóscopos personalizados por um computador. Uma organização concorrente opera um serviço similar, durante as 24 horas do dia, em quatro idiomas diferentes.
O número de astrólogos no Brasil é desconhecido. Sabemos, entretanto, ser grande a legião dos seus adeptos.
Os grandes jornais do país, mesmo os mais austeros, publicam regularmente boletins astrológicos, motivados pelo desejo de multiplicar suas tiragens.
É o anseio por conhecer o amanhã que motiva o aumento constante de uma clientela crédula, disposta a sustentar o próspero negócio dos mercadores de horóscopos.

Profetas do Novo Apocalipse

"A terceira guerra mundial começaria no dia 15 de junho de 1985. Em menos de 24 horas as bombas nucleares em poder das superpotências matariam 750 mil pessoas e feririam outras 350 milhões", anunciaram cientistas norte-americanos e europeus em um estudo apresentado na Academia de Ciências de Estocolmo, Suécia.
Esta previsão foi anunciada pela emissora O Vaticano, no dia 9 de agosto de 1982. Os cientistas que elaboraram o estudo declararam que "entre 7% e 20% dos sobreviventes morreriam poucas semanas depois e o câncer seria funesto para 80% da população atingida pelos efeitos radioativos".
O estudo em referência conclui apresentando uma antevisão do apocalipse: "Somente os roedores, especialmente os ratos, seriam capazes de resistir. Multiplicar-se-iam aceleradamente e dominariam o mundo, que se converteria em um árido deserto."
A "profecia" das cientistas não se cumpriu. Mas a ameaça de um cogumelo nuclear destruindo o sistema ecológico, que garante a vida neste planeta, continua atormentando o mundo
Uma confrontação nuclear entre as superpotências transformaria a Terra em uma paisagem desolada. Os edifícios, as fábricas, as cidades, seriam reduzidos a ruínas. A vida estaria extinta. Uma luz crepuscular constante, sem dia nem noite, cobriria o planeta, com temperaturas médias de 55 graus centígrados, seguidas por períodos de escuridão total e gelo.

Este seria o cenário final projetado por um computador.
Considerando este sombrio panorama, o cientista M. Albrecht empregou a seguinte metáfora:
"Estamos todos a bordo de um trem que desce em alta velocidade por um trilho, no qual estão algumas chaves desconhecidos, que nos levarão a destinos que não sabemos. Não há um só cientista na cabine da máquina, e é bem possível que os guarda-chaves sejam demônios. A maior parte da sociedade encontra-se no último vagão – olhando para trás."6
Sentindo-se a um passo da extinção, muitos em angústia repetem o pedido do fuzileiro no conflito coreano: "Dá-nos o amanhã. "

Nas Mãos de Deus

Os que estudam as profecias bíblicas rejeitam a pregação pessimista dos "arautos do caos", pois sabem que o homem jamais poderá frustrar o propósito de Deus, que criou a Terra "para que fosse habitada" (Isaías 45:18). Eles sabem que o Deus que criou o mundo intervirá finalmente para salvá-lo.

Certa vez, Frederico o Grande visitou em Brandeburgo uma escola pública. Era o momento da aula de geografia, e o imperador perguntou a um menino:
– Onde está situada Brandeburgo?
– Na Prússia - respondeu o aluno.
– E onde está a Prússia? - interrogou novamente o imperador.
– Na Alemanha - replicou o menino sem vacilações.
– E a Alemanha?
– Na Europa.
– E a Europa?
– No mundo.
– E o mundo? – foi a última pergunta do imperador.
Depois de um momento de reflexão, o jovem aluno respondeu:
– O mundo, majestade, está nas mãos de Deus.
A presença de Deus na História confirma o acerto dessa afirmação infantil. Com vozes claras e inconfundíveis, os profetas bíblicos, iluminados pela inspiração divina, anteciparam quando estavam em seu esplendor, o desaparecimento de Nínive (Sofonias 2:13-15), de Tiro (Ezequiel 26:3-5), e de Babilônia (Isaías 13:19.22). Suas ruínas são hoje um testemunho eloqüente de que a mão de Deus dirige o timão da História.
Esses profetas anunciaram também, com séculos de antecipação, o papel histórico de nações como Babilônia, Medo-Pérsia, a Grécia de Alexandre o Grande, e seus sucessores, o férreo Império Romano e as nações que se levantariam de seus escombros.(Dan.2)
Para os agnósticos a História não tem finalidade ou sentido. Mas para a alma crente, sobre a Terra ameaçada pelos fantasmas apocalípticos, brilha fulgurante a certeza de que Deus intervirá nos destinos do mundo (João 14:1-3). O Criador não permitirá que a espécie humana sucumba em um suicídio coletivo. As Sagradas Escrituras anunciam com meridiana clareza que, quando a insensatez e a demência do homem alcançarem o seu limite extremo, Deus intervirá para consumar Seu eterno propósito.
Esta esperança nos permite afirmar que o amanhã será mais brilhante que as nossas mais radiosas expectativas.



SERMÃO PREPARADO POR: Pr. Elias José da Silva
(Baseado no livro ANO 2000: ANGÚSTIA OU ESPERANÇA?)