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quinta-feira, 22 de abril de 2010

O INCRÍVEL PODER DO JEJUM

O INCRÍVEL PODER DO JEJUM

Introdução
(Mt. 6: 16-18)

Os fariseus jejuavam "duas vezes por semana" (Lc. 18:12), às segundas e às quintas-feiras. João Batista e seus discípulos também jejuavam regularmente, até mesmo "com freqüência", mas os discípulos de Jesus não jejuavam (Mt. 9:14; Lc. 5:33). Por que então, nestes versículos do Sermão do Monte, Jesus não só esperava que seus seguidores jejuassem, mas também deu instruções sobre como fazê-lo? Eis aqui uma passagem comumente ignorada. Suspeito que alguns de nós vivemos nossa vida cristã como se estes versículos tivessem sido arrancados de nossas Bíblias. A maioria dos cristãos destaca a necessidade da oração diária e da contribuição sacrifical, mas poucos insistem no jejum. Jejum é certamente um dos assuntos mais mal-entendidos do cristianismo moderno e, como resultado, um dos mais ignorados. Embora recentemente esteja acontecendo algo positivo em conseqüência de alguns livros, ele continua sendo um mistério para a maioria de nós. Isto é em grande parte devido à falta de pessoas realmente jejuando, e muitos dos que jejuam não conseguem explicar o propósito atrás dele além de um curto "Eu nem devo estar conversando com você sobre isso, pois era pra ser um segredo. E além do mais, eu não sei como explicá-lo, então me deixe em paz que estou com fome”. O Cristianismo evangélico, em particular, cuja ênfase característica está na religião interior, do coração e do espírito, tem dificuldade em render-se a uma prática física exterior como o jejum.
Não é um hábito do Velho Testamento, perguntamos, ordenado por Moisés para o Dia da Expiação, e exigido após o retorno do exílio da Babilônia em outros dias do ano, mas agora revogado por Cristo? Não vieram perguntar a Jesus: "Por que os discípulos de João e os discípulos dos fariseus jejuam, mas os teus discípulos não jejuam?" E o jejum não é uma prática católico-romana, a ponto de a igreja medieval elaborar um calendário sofisticado de "dias de festa" e "dias de jejum"? Não está também associado a um ponto de vista supersticioso da missa e da "comunhão em jejum"?
Podemos dizer "sim" a todas estas perguntas. Mas é fácil sermos seletivos em nosso conhecimento e uso das Escrituras e da história da Igreja. Eis alguns outros fatos que devemos considerar: o próprio Jesus, nosso Senhor e Mestre, jejuou por quarenta dias e quarenta noites, no deserto; em resposta à pergunta que o povo lhe fez, disse: "Dias virão . . . em que lhes será tirado o noivo, e nesses dias eles (os meus discípulos) hão de jejuar" (Mt. 9:15). No Sermão do Monte ele nos disse como jejuar, pressupondo que o faríamos. E em Atos e nas cartas do Novo Testamento, temos diversas referências aos apóstolos jejuando. Portanto, não podemos ignorar o jejum como se fosse uma prática do Velho Testamento revogada no Novo, ou como uma prática católica rejeitada pelos protestantes.
Enquanto viajamos ao longo desta jornada como companheiros, nós tentaremos descobrir o que é o jejum e por que nós devemos fazê-lo, se devemos.

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