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quinta-feira, 22 de abril de 2010

O Jejum e a confissão de pecados

O Jejum e a confissão de pecados

Não temos dúvidas de que, nas Escrituras, o jejum se relacionava de diversos modos com a renúncia e a autodisciplina. Em primeiro lugar e principalmente, "jejuar" e "humilhar-se diante de Deus" são termos virtualmente equivalentes (por exemplo, Sl 35:13; Is 58:3, 5). Às vezes era uma expressão de penitência por pecados passados. Quando as pessoas estavam profundamente amarguradas por seu pecado e culpa, choravam e jejuavam. Exemplos:
a) Neemias reuniu o povo "com jejum e pano de saco" e "fizeram confissão dos seus pecados";
b) os habitantes de Nínive arrependeram-se quando Jonas pregou, proclamaram um jejum e vestiram-se de pano de saco;
c) Daniel buscou a Deus "com oração e súplicas, com jejum, pano de saco e cinza", orou ao Senhor seu Deus e fez confissão dos pecados do seu povo;
d) e Saulo de Tarso, depois de sua conversão, foi levado a penitenciar-se de sua perseguição a Cristo, pois durante três dias não comeu nem bebeu (Ne. 9:1,2; Jn. 3:5; Dn. 9:2ss; At. 9:9).
Às vezes, mesmo hoje em dia, quando o povo de Deus está convencido do pecado e é levado ao arrependimento, não é coisa fora de propósito que, em sinal de penitência e tristeza, chore e jejue. A homilia anglicana intitulada "Das Boas Obras, e do Jejum" dá a entender que esse é o modo de aplicarmos a nós mesmos a palavra de Jesus: "Dias virão em que lhes será tirado o noivo, e nesses dias hão de jejuar." Refere-se a Cristo, o noivo, que, pode-se dizer, está "conosco" na festa do casamento, quando nos regozijamos nele e na sua salvação. Mas o noivo pode ser "tirado" e a festa interrompida quando somos oprimidos pela derrota, pela aflição e pela adversidade. "Então é a hora adequada", diz a homilia, "para o homem humilhar-se diante do Deus Todo-Poderoso, jejuando, chorando e gemendo pelos seus pecados, com um coração contrito.

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